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Um pouco da minha maluquice, com um pouco disso aĆ­ mesmo.

terƧa-feira, 17 de abril de 2018


Finalizado mais um. Esse me chamou tanto a atenção que comprei pouco após o lançamento, e adivinhem só? mais chumbo triste.

O Livro é divido em duas partes, e é BEM importante citar isso, mais para frente entenderão o porquê. Não vou colocar aqui a sinopse pois em qualquer lugar é possível encontrÔ-la, mas posso dizer o seguinte, se fosse possível eu leria só a primeira parte.

Pra não destruir somente, vou colocar o que me agradou na leitura:
  • O que eu mais gostei nesse livro Ć© que ele Ć© um livro que trata sobre HUMANIDADE. Sim, ele Ć© um livro HUMANO… algo bem diferente da maioria das obras de fantasia. 
  • O personagem principal da primeira parte Ć© interessante. Ele Ć© 'quebrado'. VocĆŖ compra a briga dele e quer saber mais, conhecer mais.
  • Mesmo com um suspense, intrigas e tramas polĆ­ticas, o foco do livro continua sendo os sentimentos do personagem principal. VocĆŖ acompanha as sensaƧƵes e angĆŗstias e eventualmente atĆ© se sente assim tambĆ©m. 
Essa sensação o autor consegue lhe causar muito bem.. Ɖ quase um estocolmo, onde o personagem tĆ” na merda e vocĆŖ fica tambĆ©m mas vocĆŖ nĆ£o larga pois quer saber mais da história.

Pequeno spoiler
A obra lembra um pouco a história de o último samurai, mais especificamente katsumoto e o imperador. Um oficial dedicado ao extremo e um imperador jovem mal aconselhado..
Pois e…. JĆ” vi isso antes. (mas só na Parte 1, pois a 2.......)

E então, as flores acabam aí, entrando na segunda parte eu me arrependo de ter tido esses sentimentos em relação a primeira.

  • Vamos as crĆ­ticas:

Eu realmente senti que faltou uma construção de mundo. Acho que faltou um mapa e mais detalhes sobre esse mundo. Parece aqueles filmes que focam somente no rosto do personagem e o resto não importa, apenas as emoções do protagonista. As cidades são apenas nomes, assim como as florestas. Você sabe o que é uma mas ela não tem personalidade. Se o autor usasse locais reais pelo menos você faria a ligação. THERE IS NO FUCKING WORLD BUILDING IN THIS SHIT!

O livro conta com uma estrutura de flashbacks. Apesar de não estragar a história, não é uma coisa que eu goste. Eu sempre acho que flashbacks no meio das cenas tiram a fluidez da historia. Não é nenhum erro fatal, mas me incomoda um pouco.

Mesmo com muita ação e algumas reviravoltas o livro consegue ser extremamente lento… contraditório mas real.

A primeira parte ainda Ć© interessante, conta com um suspense que te prende mas a segunda Ć© simplesmente : CHATA.
Foi um sofrimento. O livro passa a levar a humanidade a sério demais e acaba sendo quase um crepúsculo medieval. São muitos sentimentos bobos de romancezinho adolescente. A qualidade cai demais.

Os personagens interessantes ficam apagados. As políticas perdem força. Nem a intriga que se cria na primeira parte é satisfatória, ela se perde e fica boba.

O livro ruma para as últimas pÔginas para concluir a história e o final é sem emoção. Impacto 0.

EngraƧado que vi vĆ”rias resenhas elogiando o livro, ao terminar de ler fui procurar de novo e todas sĆ£o de parcerias com a editora…
Pois Ć©…..

O livro até conta com diÔlogos interessantes. Eu mesmo coloquei vÔrios prints no meu facebook. O autor buscava uma poesia bacana na história, mas infelizmente se perde. Esse livro tem cara de ser primeiro livro, muita coisa pode melhorar, talvez melhore, sucesso pro autor...

Definindo então esse livro em duas palavras.
Parte 1 - com potencial. - Nota 7
Parte 2 - bobo. - Nota 5

Definitivamente eu não lerei a continuação.

O Livro e a Espada - Antoine Rouaud
Nota: 6/10

terƧa-feira, 3 de abril de 2018


Infelizmente o sentimento que mais imperou esse livro foi: Decepção.
Não, ele não é o pior livro nem nada do tipo, mas é que o autor pegou essa trilogia e foi uma escada abaixo.

O livro comeƧa bem, antes da metade perde completamente o ritmo e melhora nos trƩs capƭtulos finais.

O livro é longo demais, cansativo mesmo. São personagens DEMAIS. O livro conta com um apêndice no final com os nomes e origens, e ACREDITE, você vai usÔ-lo mas infelizmente ele não resolve pois mesmo lembrando o nome você não vai lembrar do papel na história de todos eles. Pra piorar ainda mais a situação, são MUITOS nomes parecidos.

Faltou desenvolvimento de vƔrios personagens, outros simplesmente deram um puta upgrade e os protagonistas perderam todo o protagonismo.

Vaelin que era um dos melhores personagens se tornou uma figura apagada.

Lyrna vira do nada uma especialista em guerras, sim ela que sempre foi a princesa e que nunca foi treinada a governar. Ela que no livro anterior era uma de minhas preferidas, nesse livro se tornou chata, seus capĆ­tulos pareciam nunca terminar.

Reva é outro exemplo de 'boost na ficha'. A menina ficou baita overpower e sem razão alguma. Ela não teve evolução, ela simplesmente CHEGOU LÁ. Tipo Goku modo Deus.

O final Ʃ fraco e sem impacto. AtƩ o grande inimigo fica bobo no fim e perde sem um clƭmax.

Acho que o autor se perdeu no mundo que ele criou e depois ficou difĆ­cil domar.

Mas tem alguns pontos positivos. O livro Ʃ cheio de frases reflexivas, eu mesmo andei postando vƔrias essa semana.

Por ter encontrado uma resenha que simplesmente transcreve tudo que eu achei, ao invƩs de escrever a mesma coisa, colocarei aqui abaixo (com os devidos crƩditos).

Faltou algo. Muito maior do que o sentimento de decepção - nĆ£o acho que de fato me decepcionei - mas faltou alguma coisa. Talvez vĆ”rias algumas coisas. 

Fui alertada de que este livro nĆ£o era bom e que a maioria das pessoas se decepcionaram muito com ele. Me preparei ao mĆ”ximo para essa leitura e comecei ela sem nenhuma expectativa, apenas pretendendo apreciar a história, me despedir dos personagens que aprendi a gostar tanto e torcer para ter as principais questƵes respondidas. 

Apesar da leitura incrivelmente arrastada, este livro nĆ£o Ć© de todo ruim. Ele oferece a nós o desfecho da história de Vaelin e cia, e explica a maioria das dĆŗvidas que surgiram ao longo da trilogia, apesar de ter deixado alguns pontos abertos. PorĆ©m, Ć© um livro muito abaixo quando comparado Ć  Canção do Sangue e O Senhor da Torre. 

Não tive aquele sentimento gratificante ao terminar uma série. Respirar aliviada e querer abraçar o livro. A minha reação foi intrigante, como se... estivesse faltando algo. Não me senti convencida pela forma como a história foi contada.

O primeiro terƧo do livro foi positivo, direto e sem enrolação. Me pegou atĆ© um pouco de surpresa, porque imaginei que aquilo levaria mais tempo para acontecer. Este inĆ­cio me deu algumas esperanƧas de que o livro poderia ser eletrizante e mais uma vez me segurei ao mĆ”ximo para nĆ£o aumentar as expectativas. Mas o que aconteceu depois, foi que a história se tornou entediante, arrastando-se assim atĆ© o final. 

NĆ£o que o livro nĆ£o tenha muitas batalhas, aliĆ”s, ele Ć© cheio delas. No mar e em terra. Mas aquelas que importam de verdade, que me deixou apreensiva e com uma pontada de medo, com exceção do inĆ­cio, nĆ£o aconteceram. Um ponto inegĆ”vel Ć© que Ryan descreve cenas de guerra com muita qualidade. 

Senti falta da evolução dos personagens. Eles comeƧaram e terminaram da mesma forma, e em alguns casos tiveram um certo declĆ­nio. Como Reva, por exemplo, que era uma personagem que eu gostava tanto e acabou decaindo. Ela protagonizou cenas incrĆ­veis, mas o autor forƧou um pouco a barra com ela, que quis construir uma personagem forte e invencĆ­vel, mas nĆ£o fiquei convencida disso. AliĆ”s, algumas decisƵes que ela tomou me irritaram bastante. Achei o seu arco bem repetitivo. 

Um fato sobre os personagens secundĆ”rios deste livro: Socorro! Quem Ć© quem? SĆ£o tantos, com nomes parecidos, personagens que confundo um com o outro. Faltou um pouco o autor caracterizĆ”-los melhor? Colocar um leve background sobre eles quando apareciam, para que eu pudesse tentar lembrar quem eram? NĆ£o sei. Só sei que me senti extremamente confusa com relação a isso, e sinceramente, nĆ£o me importei com nenhum deles. 

Os pontos de vista de Frentis foram os mais interessantes, os que realmente me fizeram ansiar para chegar logo. Depois de tudo o que aconteceu com ele em O Senhor da Torre, Frentis ainda possui uma espĆ©cie de ligação bizarra com a Elverah, podendo nos dar uma visĆ£o dos planos dela e assim uma diretriz Ć  história. Os acontecimentos envoltos nos POVs de Frentis foram os melhores, porĆ©m o personagem jĆ” foi construĆ­do e nĆ£o sobrou espaƧo para evolução, o que fez dele um tanto previsĆ­vel. 

Não compreendi muito bem alguns pontos relacionados à Rainha Lyrna. Houve tanto foreshadowing sobre a Rainha do Fogo, que eu esperava vê-la com sangue nos olhos, beirando a loucura por conta do que aconteceu com ela e ao seu reino - o que seria extremamente compreensível. Por outro lado, o que vi foi uma rainha muito segura, determinada e mais sã do que quase todo seu exército. Apesar dos seus planos e estratagemas arriscados com relação a guerra, confesso que eu a seguiria sem nem pensar duas vezes.

Durante toda a história deste livro, senti Vaelin nublado, sem de fato reconhecĆŖ-lo de verdade. Apagado, essa Ć© a melhor palavra para descrevĆŖ-lo. Acho que Anthony Ryan criou um personagem incrĆ­vel, que se tornou um dos meus personagens favoritos, e nĆ£o soube aproveitĆ”-lo. Eu fiquei esperando o seu grande momento. Esperando, esperando e esperando... atĆ© que o livro acabou, e faltou algo. O grande sucesso do primeiro livro se dĆ” a acompanharmos a jornada de Vaelin e ele ser um personagem muito cativante. Me esforcei bastante para aceitar a grande mudanƧa do segundo livro, quando o autor decidiu inserir outros pontos de vista, para expandir a sua história. PorĆ©m, foi em A Rainha do Fogo que sua decisĆ£o caiu pelas mĆ£os, e a história deixou de ser tĆ£o prazerosa, com um capĆ­tulo mais maƧante que o outro. 

Sobre o mistério do Aliado e seus seguidores, incluindo Elverah - que na minha opinião foi mais assustadora de que qualquer outro personagem - fomos conduzidos à construção dos inimigos e sua natureza abominÔvel. A explicação com relação a eles foi satisfatórias, embora no final eles tenham sido um pouco descaracterizados, deixando de ser tão temíveis assim.

Ao longo do livro, a história foi perdendo as suas caracterĆ­sticas mais especiais e marcantes, que tanto me fez apreciĆ”-la. Como por exemplo, como foi feito nos dois primeiros livros, a ideia de intercalar os capĆ­tulos do passado com o presente atravĆ©s do relado de Verniers. Isso fazia um certo suspende com como a história se desenrolou atĆ© chegar naquele ponto, e isto tambĆ©m nĆ£o estava presente aqui. 

Foi um livro com a qual me importei com pouquĆ­ssimas coisas. Na verdade eu queria que ele acabasse logo, talvez esperando por um final que elevasse a minha opiniĆ£o sobre o livro, ou talvez porque realmente foi chato na maioria dos capĆ­tulos. 

Em suma, faltou emoção, ritmo, clĆ­max e plot twists, caracterĆ­sticas presentes nos livros anteriores. E o principal, faltou muito Vaelin raĆ­z. 

Apesar de só ter reclamado, nĆ£o foi de todo decepcionante, porque nem isso o livro conseguiu despertar em mim. Foi ok. Mas que nĆ£o me convenceu. E por deixar algumas coisas em aberto e sentir tantas outras faltando, me faz pensar se a história de Vaelin realmente acabou. 

O autor expandiu demais o seu mundo e se perdeu ao ter que concluir toda a história em um único volume, deixando de dar o devido destaque aos seus personagens, que eram o melhor de sua criação.

No mais, A Canção do Sangue é um dos melhores livros de fantasia que jÔ li em toda minha vida. O Senhor da Torre não fica muito atrÔs, é incrivelmente bom. Infelizmente o último livro não conseguiu manter o padrão e se saiu muito abaixo, porém, pela qualidade dos dois primeiros livros, digo que essa trilogia vale muito a pena e é altamente recomendada a todos os fãs de fantasia épica.


Como dito acima, o livro Ć© o mais inferior. O autor pegou a trilogia e fez uma escadinha decrescente em qualidade. Se os outros foram notas 9 e 8 esse termina com um 7.

O primeiro livro da série eu indico com toda a força, mas parem por aí. As sequencias não valem nem o tempo nem o dinheiro de vocês.

A Rainha do Fogo - Anthony Ryan
Nota: 7/10