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Um pouco da minha maluquice, com um pouco disso aĆ­ mesmo.
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terƧa-feira, 14 de abril de 2020

Sinopse Oficial:
No meio da noite, em uma casa no subúrbio de Minneapolis, um grupo de invasores assassina os pais de Luke e sequestra silenciosamente o menino de doze anos. A operação leva menos de dois minutos.
Quando Luke acorda, ele estÔ no Instituto, em um quarto que parece muito o dele, exceto pelo fato de que não tem janela. E do lado de fora tem outras portas, e atrÔs delas, outras crianças com talentos especiais, que chegaram àquele lugar do mesmo jeito que Luke. O grupo formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, estÔ na Parte da Frente. Outros jovens, Luke descobre, foram levados para a Parte de TrÔs e nunca mais vistos.
Nessa instituição sinistra, a equipe se dedica impiedosamente a extrair dessas crianças toda a força de seus poderes paranormais. Não existem escrúpulos. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de TrÔs, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas até hoje ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto.
Tão aterrorizante quanto A incendiÔria e tão espetacular quando It: a Coisa, este novo livro de Stephen King mostra um mundo onde o bem nem sempre vence o mal.

Finalizado mais um livro do mestre, e o que dizer...?

Bem, este não é um livro comum do velho King. Não, não hÔ terror nele, por mais que as pessoas pareçam querer enfiar terror em tudo que ele escreve.
Esse livro Ć© um suspense... um suspense bem light por assim dizer. Mistura um pouco de It (adolescentes lutando) com um pouco de Carrie e umas pitadas de Harlan Coben.

Quem jÔ leu UBIK do Phillip K Dick vai encontrar algumas referencias aqui também, pena que só no final.

Não é um livro ruim, mas não é tão bom quanto esperava e olha que aqui vemos um King bem mais polido e menos arrastado, parece que o velho estevão rei aprendeu a ir mais direto ao ponto.

Ainda temos a mÔgica que o consagrou ao lugar de mestre, pois os personagens são em grande parte deliciosos. Eu costumo dizer que Stephen King escreve histórias de algum amigo seu. São pessoas (quase?) reais por mais absurdo que possa parecer.

O livro trata de crianças com poderes paranormais trancafiadas em um instituto no meio do nada onde são psicologicamente abusadas a exaustão, até que um deles, um baita de um moleque inteligente consegue escapar. E aí é que barata voa e a história se desembola.

Prova de que o Velho King ganhou um coração e aprendeu a fazer meus olhos arderem...
PS: Eu gostei mais da história do Tim do que do resto do livro rs.

Um Spoiler de leve:
Ɖ a velha história do fim justificam os meios. Voltar no tempo e matar o bebĆŖ Hitler faz de vocĆŖ uma boa pessoa? Sim? MEU DEUS CARA VOCE TERIA CORAGEM DE MATAR UMA CRIANƇA INDEFESA? QUE MONSTRO Ɖ VOCÊ?

Enfim, é uma leitura morna que mescla ritmos, hora bem alucinante, hora mais parado, não me agradou tanto, mas é longe de ser ruim, de verdade. Apesar da falta de empolgação, ainda é um livro do mestre, e fã dele como sou, é mais uma obra melhor que muito best seller por aí. Vale a leitura, mas se você não quiser arriscar, o Sr. King tem sim, obras melhores.

O Instituto - Stephen King
Nota: 7,5/10

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018


Sinopse Oficial:
O ano é 401 a.C.. Ciro, o Jovem, contrata um exército de mercenÔrios gregos para punir um sÔtrapa rebelde, mas secretamente deseja derrubar do trono do Império Persa seu irmão Ataxerxes. Entre os soldados gregos um jovem espartano tenta provar seu valor em meio a combates sangrentos, em seu interior outra luta se desenrola entre o amor de duas mulheres. Amor, honra, lealdade, coragem, podem tais valores sobreviverem à uma guerra? Ficção e fatos históricos se mesclam para criar uma obra única.

Encerrando com a última leitura concluída do ano e a última resenha também.
Depois da surpresa da última leitura resolvi dar uma chance a outra obra nacional, que me foi recomendada e falo um pouco dele mais abaixo. Conclui sua leitura em três dias e me pegava esperando ter oportunidade para ler mais um pouco. De fato a história me cativou.
O livro conta a história de Perseu, um Espartano que entra no exército para uma missão mercenÔria a serviço de Ciro.
A obra trabalha bem a formação dos soldados, mostrando de forma muito interessante como eram os campos de concentração Espartanos e como os homens eram entregues ainda crianças em poder do Estado e onde sua única função era se tornar um soldado. Todo o sofrimento e crueldade que as crianças passam para se tornarem soldados corajosos no futuro são muito bem mostrados.
As cenas de batalha sĆ£o interessantes. Ɖ óbvio que por ser um amante de Cornwell, Ć© quase impossĆ­vel nĆ£o comparar. Sendo sincero a qualidade nĆ£o se compara, mas sĆ£o interessantes. Contam tambĆ©m com um problema que falo mais abaixo.
Os personagens tambĆ©m sĆ£o bem desenvolvidos e cativantes. Ɖ fĆ”cil se pegar torcendo por Perseu ou seus irmĆ£os de guerra.
As notas de rodapé são excelentes e muito explicativas, elas complementam a leitura para aqueles que tem poucos conhecimentos dos deuses e da religião da antiga Grécia.
O livro acompanha Perseu da infância até a luta na Pérsia contra Ataxerxes, o rei Persa. Não, não é spoiler pois se trata de uma obra que acompanha a história rs.

Porém, nem tudo são flores e deixo aqui os pontos negativos que achei.
Infelizmente o maior defeito do livro Ć© que ele Ć© excessivamente repetitivo em diversos pontos. Seja nas descriƧƵes, diĆ”logos, adjetivos ou atĆ© nas cenas. por exemplo: AtĆ© certo ponto o livro segue muito bem, porĆ©m ao iniciar a marcha para a guerra segue sempre a mesma coisa. Anda-se um pouquinho e luta, anda mais um pouquinho e luta. Alguns capĆ­tulos nĆ£o tĆŖm absolutamente nada de relevante, Ć© apenas um ‘anda um pouquinho e luta’. Isso deixa o livro longo e cansativo de forma desnecessĆ”ria, principalmente porque depois de tantas as lutas acabam parecendo sempre ser a mesma coisa.
Achei que faltou uma história melhor definida também, o final é muito simples e corrido, não passa aquela sensação de obra encerrando, sabe? Sei que tem mais livros depois, mas ainda assim podia ter sido feito de uma forma melhor trabalhada.
A linguagem por vezes parece estar em desacordo com a época. Não sou nenhum especialista, mas algumas vezes me senti desconectado do mundo devido a forma de alguns personagens falarem.
Um outro ponto, que não chega bem a ser um defeito, mas é desnecessÔrio, é a quantidade de cenas de sexo. Voltando ao primeiro ponto, elas são bem repetitivas, principalmente as descrições de Perseu sobre Artemísia. Não vejo problemas com cenas de sexo, mas o livro é cheio delas e elas não acrescentam nada na história e nem são cenas bem escritas. São simplórias e, pasmem, repetitivas. VÔrias poderiam ter sido cortadas e algumas melhor trabalhadas.


Resumindo, acho que falta um trabalho editorial. Isso Ć© comum em obras independentes. As vezes um olhar fresco e desapegado emocionalmente da história pode fazer maravilhas por ela. Certeza que um editor mudaria algumas coisas e cortaria outras para dar mais dinamismo no livro. A repetição incomoda, e muito, depois de certo tempo.  Estou agora na metade do livro II e os pontos negativos aqui extrapolam deixando uma leitura repetitiva e extremamente cansativa, sem acontecimentos. Apesar de estar na metade, a história continua na fórmula ‘anda e luta um pouquinho’. A vontade de abandonar a leitura Ć© bem grande. Talvez parta para outra trilogia, que conta a história de ArtemĆ­sia para ver se esses pontos sĆ£o reduzidos.
Ɖ uma obra excelente. Um ótimo trabalho histórico que mescla bem pitadas de um romance com um pano de fundo histórico. Acho que os fĆ£s de Esparta vĆ£o adorar ver como era a vida naquele tempo.
Aproveite o primeiro volume pois aparentemente o segundo não começa bem.

A RETIRADA DOS DEZ MIL: LIVRO I - M.C. BIJALON 
Nota: 9/10





sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


Esse foi um livro que me causou sentimentos conflitantes, porém interessantes. Finalizei sua leitura em apenas três dias. Pra mim é algo incomum que sou bem lento no ritmo de leitura.

Gostei da obra, principalmente da sua complexidade e originalidade. O autor, um premiado escritor de ficção cientifica nacional, executa mais um bom trabalho, tratando questões como preconceitos, privacidade, guerras e mais.

Octopusgarden acredito que possa ser considerada uma space-opera, mas não só isso jÔ que o livro se passa menos no espaço e mais no planeta dos Dolfinos (descendentes dos golfinhos, promovidos a espécie racional pelos humanos).
O livro gira em torno desses e da nave humana que faz inspeções periódicas ao planeta Bluegarden, cedido a seus pupilos. As coisas se complicam quando uma raça desconhecida é encontrada no planeta dos Dolfinos e isso abala toda a vida no planeta.

Porém, não posso negar que alguns problemas me afastaram da leitura perfeita. Cito os abaixo.
  • ·        A capa e a sinopse do livro sĆ£o desleais com seu conteĆŗdo. Desde a psicodelia das cores atĆ© a sinopse e a citação de ser um romance erótico, nĆ£o fazem jus a história, jĆ” que nada disso Ć© entregue dessa forma. O livro conta com umas 3 cenas de sexo e as mesmas sĆ£o bem curtas e sucintas. Apesar de achar que elas simplesmente nĆ£o sĆ£o necessĆ”rias, pois nĆ£o alteram nem enriquecem a história, ainda assim sĆ£o tĆ£o curtas que sua existĆŖncia em nada prejudica o livro e sĆ£o cenas interessantes valorizando o prazer feminino.
  • ·        O autor falha um pouco nas discriƧƵes fĆ­sicas de seus personagens. Tirando um ou outro humano, o que facilita por jĆ” termos o formato na mente, a maioria eu nĆ£o consegui imaginar. Queria ter entendido melhor como eram as espĆ©cies alienĆ­genas. NĆ£o que isso seja um problema absurdo, mas vale salientar.
  • ·        O livro Ć© mal dividido, talvez seja erro editorial ou de diagramação, mas ele podia ser melhor separado; faltam indicaƧƵes de que terminou uma parte ou um arco e se iniciou outro. Como o ritmo Ć© muito Ć”gil, Ć© comum vocĆŖ estar lendo sobre uma coisa e na pĆ”gina seguinte jĆ” serem outros personagens em outro lugar e outro espaƧo-tempo. Essas quebras bruscas na narrativa nĆ£o eram representadas nas pĆ”ginas, e acabam incomodando, pois te deixa perdido na leitura. Isso foi algo que me incomodou bastante.
  • ·        Falta um PUNCH no enredo. Falta plot mesmo. A história promete muita coisa, mas nĆ£o entrega, e quando entrega Ć© feito de forma desleixada. As explicaƧƵes sĆ£o muito diretas e muito simples, sem CLƍMAX. Criam-se os suspenses e as curiosidades, mas nĆ£o as soluƧƵes. Muitas pontas ficam abertas e sĆ£o simplesmente abandonadas. A história do romance Ć© quase como que um acompanhamento da vida de alguns personagens, só que sem acontecimentos muito pertinentes.
  • ·        O final do livro tambĆ©m deixou a desejar, justamente pelas faltas de marcaƧƵes. O livro simplesmente termina sem responder nada e na pĆ”gina seguinte jĆ” se inicia o material extra, que Ć© um conto do autor (nesse mesmo universo). Isso me frustrou demais. Eu estava esperando a conclusĆ£o do livro e ela simplesmente nĆ£o chega. Ele nĆ£o entrega as coisas que promete dentro da história. Fala-se sobre um mega combustĆ­vel, mas nĆ£o se explica nada. Inicia-se uma guerra, mas ela Ć© resolvida de uma pĆ”gina pra outra. Personagem A tem um ataque de fĆŗria, mas de um parĆ”grafo pra outro jĆ” se passaram dĆ©cadas. Ɖ algo bem frustrante!
  • ·        O pecado maior do livro talvez seja esse. Por se tratar de uma prequel, talvez respostas sejam dadas no outro volume, porĆ©m muita coisa fica aberta e acredito que nĆ£o faƧa parte do universo do próximo volume (publicado anterior a este). Uma pena!
Apesar das falhas e duras críticas, o livro me ganhou. A escrita do autor é muito boa, muito sagaz. O ritmo do livro é bem intenso e cheio de coisas novas o tempo todo. A originalidade também é ponto muito positivo, principalmente por um gênero não muito comum de se ver autoria nacional. O livro conta também com personagens interessantes e muito bem trabalhados. A PennyLane é simplesmente incrível!
NĆ£o espere plottwists, respostas ou discussƵes mega filosóficas. Ɖ uma spaceopera mas Ć© tambĆ©m uma história simples sobre a vida dos protagonistas, sem muitos acontecimentos fora do comum. DĆŖ uma chance e conheƧa novas espĆ©cies desse mundo novo e veja humanos de uma forma nada convencional.
E o conto A filha do Predador é genial, um ótimo conto de Ficção Cientifica!

Octopusgarden - Gerson Lodi-Ribeiro
Nota: 8/10


quarta-feira, 7 de novembro de 2018


Finalizei o primeiro volume dessa coletânea com um sentimento (jÔ esperado) de desapontamento.
O livro é uma coletânea de contos com temas nos demÓnios da Goécia.
Vale ressaltar que nem todos os demÓnios são citados aqui e os contos são todos independentes.

Por ser uma antologia, eu jÔ esperava uma qualidade variada, o que me espantou foi a discrepância tao grande.

Por defeitos editoriais temos de forma notÔvel uma sofrível falta de revisão. Eu teria vergonha de ser chamado de revisor desse projeto. A quantidade de erros de português e de digitação é assustadora.

Outra coisa que me assustou foram as biografias dos autores dos contos. Algumas biografas exaltavam de tamanha forma o autor que vocĆŖ esperaria uma obra excelente. Triste surpresa. 
Geralmente as biografias mais chamativas escondiam os piores (e com mais clichĆŖs) textos.

Ponto positivƭssimo para a qualidade grƔfica. IlustraƧƵes lindas, texto escuro (e forte) e uma borda nas pƔginas de fazer inveja em muita obra de editora grande por aƭ.

Contando com alguns poucos contos interessantes, o restante varia do mƩdio ao pƩssimo.

Do total dos 22 contos, gostei mesmo mesmo apenas de 3.
Os que mais me agradaram foram:

Obscurus – JĆ©ssica Milato
Abra os olhos – JR Valadares
As trĆŖs virtudes da Luxuria – Jefter Haad

Resumindo, é sempre uma pena pagar por um produto e só apreciar uma pequena parte dele. As ilustrações salvam grande parte do projeto, mas as histórias muitas vezes muito curtas e com excesso de clichês estragam o restante.

Espero que o 2 volume seja melhor.

Daemonum Sigillum: As crƓnicas da GoƩcia - Livro 1
Nota: 5/10

quarta-feira, 10 de outubro de 2018



Mais um livro retratando contos de fadas em suas versões originais. Esse volume dÔ sequencia a contos de fadas Celtas e diz focar mais nos heróis masculinos.

Mantendo a qualidade do volume anterior, temos alguns contos melhores que outros, sem dĆŗvidas.

Meus preferidos foram:
Uma lenda de Knockmany
O pretendente de Olwen
Jack e seus camaradas
O cavaleiro dos Enigmas.


Ɖ interessante ver quĆ£o diferente Ć© a história original para a que se difundiu entre o pĆŗblico infantil. Mesmo nĆ£o conhecendo nenhum desses aqui, Ć© possĆ­vel notar alguma semelhanƧa com as histórias contadas pelos mais velhos em nossa infĆ¢ncia.
Algumas tem valores, outras apenas diversão, mas num geral, clÔssico é clÔssico e vale ser conhecido.

Heróis muito espertos - Joseph Jacobs
Nota: 8/10