O grande lance de Stephen King pra mim, é a forma como ele conta suas histórias e não necessariamente a história em si. Cujo não é o Nobel de literatura, não vai ser a história mais incrível, mas a forma com que seus personagens são tratados, isso sim é que te ganha.
Vc fica preocupado com os problemas que o cara tem na empresa; vc tem raiva do marido abusivo que bate na esposa; vc fica querendo ajudar a criança com medo do escuro...
Tudo isso culmina numa empatia com os personagens, e esse acho que sempre foi o trunfo de King.
Confesso que eu devia ter lido ele antes, mas paguei minha dívida, mesmo que tardiamente.
Vale ressaltar também, que pude finalmente fazer as referências que Joe Hill absorveu do Pai, em Cujo é bem nítida a relação com o Amaldiçoado, por exemplo.
Cujo é um clássico, e como quase todo bom clássico, merece ser lido. Não espere seres sobrenaturais, vampiros, lobisomens, demônios ou algo do tipo; Cujo entrega o que propõe de sua maneira justa e direta, o medo em sua essência e de qualquer fonte (mesmo as mais simples).
P.A.
Cujo – Stephen King
Nota 8,5/10
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