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Um pouco da minha maluquice, com um pouco disso aí mesmo.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Resenha 1984 - George Orwell



Apesar de ser um livro que eu conhecia já a bastante tempo, sabia da história, faltava ainda pegar e ler de fato. Que pena que demorei tanto tempo para fazer isso.

Serei breve, falarei mais das sensações que me causou, pois acho que não sou capaz de falar muito dessa obra. Sendo sucinto...



Esse livro derreteu minha mente em muitos sentidos.
Eu entendo que nem todo mundo consiga ler esse livro. Acho que as pessoas não compreendem sua proposta. Ele é de fato lento, sem ritmo e até monótono muitas vezes. Aqui não tem ação, não tem romance, não tem diálogos profundos. Pelo menos não até metade ou até uns 60% do livro, aí sim, tudo muda.

O livro ganha ritmo, diálogos filosóficos e sua proposta é mais mastigada para o leitor. Isso não significa que o inicio seja ruim, ele apenas é mais sutil e ao terminar o livro você entende o porque de tal fato.



Todo o inicio do livro serve para ilustrar e nos apresentar como funciona a sociedade da Oceania e é graças a essa base que todos os discursos fazem sentido. Durante o início é fácil se chocar vendo como um poder totalitário pode ser perigoso.

É impossível não se pegar refletindo com as conversas de Winston e O’Brien.
Um dos pontos altos são os textos do posfácio. A sensação é de que eles fecham de forma surpreendente a obra, tipo aquelas dicas finais no fim de uma longa aula de história.


Acho que sendo justo este livro teria duas notas, uma como literatura e outra como efeito pessoal.

Nota como Literatura: 7/10
Não é um livro fácil, seu inicio é bem complicado e alguns personagens são muito caricatos. O livro tem defeitos, mas isso não diminui tanto assim sua qualidade.

Nota para Importância reflexiva/filosófica: 10/10
Como um amigo costuma dizer: “1984 é um livro que devia ser usado nas escolas para incitar o debate”. Concordo. Muito além do que uma simples distopia, 1984 é um aviso. Acredito que quem viu somente uma critica ao socialismo perdeu não só outras criticas a outras ideologias, mas o mais importante que a obra tem a oferecer.

É um livro que se tornou atemporal e apesar de ser muito distante de nossa realidade atual, tomara que o aviso tenha funcionado, caso contrário, nos vemos no “Quarto 101”.

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