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Um pouco da minha maluquice, com um pouco disso aí mesmo.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Resenha A Última Travessia - Mats Strandberg


Mais um lançamento, mais uma expectativa...
Esse livro é vendido como um terror. O autor é chamado de o Stephen King Sueco. É...
Só que não.

A história é simples, gira em torno de uma viagem de 24h num cruzeiro. Uma bizarrice acontece e fica todo mundo preso.
Nada original, nada inovador.

O sentimento é de ler/assistir um filme B de horror. Roteiro fraco, cheio de clichês e muito sangue e pornografia. É isso, esse livro é justamente isso. Nem o Gore do livro é grande, até nisso ele falhou.
Eu não entendo para que tanto esforço pra esconder que é um livro sobre vampiros, nem a história lida com isso como se fosse grande coisa. Enfim...

O livro tenta tratar da humanidade numa simulação de apocalipse. Mestre das Chamas de Joe Hill faz isso de forma excelente, Mats já não.

Com um começo interessante, o livro me ganhou e eu entrei na onda, só que ele começa a se tornar lento demais. Até a página 200 nada aconteceu ainda. São 200 páginas apresentando os vários personagens. Sim são muitos pontos de vista.

A escrita do autor é até leve e rápida. O livro conta com capítulos curtos, bem curtos até o que acaba gerando muitas quebras abruptas na narrativa e várias vezes sem necessidade. Muda o ponto de vista e logo no próximo volta ao anterior, algo que podia ter sido evitado e dado mais fluidez.

Como eu disse, são vários personagens, porém nenhum deles me cativou e eu não me importava com o que aconteceria com nenhum. O livro logo perde ritmo pois são muitas pessoas apresentadas, numa tentativa de gerar empatia no leitor, o que não aconteceu e no final eu achei o livro excessivamente longo justamente por isso.

Falando em livro longo, como esse livro é repetitivo. Olha, eu perdi a conta de quantas vezes li que estava tudo sujo de sangue, que dentes batiam como tesouras o que a fome era incontrolável. Sério, chega a parecer amadorismo.

A escrita em si é até ok. As vezes interessante, mas a maior parte do tempo nem boa nem ruim. A constante repetição de sangue jorrando e dentes batendo me irritou mais do que devia.

Para mim, o suspense é o que faz um bom livro de terror. Esse livro não tinha nenhum o que no fim tornou a experiência um saco. As ultimas 100 páginas eu só queria que acabasse pois já imaginava como seria o fim. Acertei. Impacto zero e sem nenhuma emoção.

A capa compara as obras do Stephen King. Ok, esse livro talvez chegue perto dos livros ruins do SK (e olha que são vários). Você não necessariamente odeia, mas é meio que OK, nada espetacular. 


Resumindo.
Personagens mal trabalhados. Roteiro fraco. Repetitivo demais. Suspense zero, horror zero. Não combina com terror nem com Stephen King, mas sua escrita rápida e ácida pode divertir (ou passar o tempo) de leitores menos exigentes.

Se você quer ler algo claustrofóbico de verdade, experimente Jogo Perigoso do SK (já que ele foi citado e comparado), ali sim você tem uma agonia de continuar lendo.

A Última Travessia - Mats Strandberg
Nota 6/10


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